Aspectos Inflamatórios e Imunológicos de Pulpites Dentárias Humanas
Autor(es): Kely Firmino Bruno
Palavras-chave: Polpa dentária, pulpite dentária, células inflamatórias, células imunológicas,
cárie.
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Doutor(a) em Ciências da Saúde.
RESUMO
Introdução: Células imune-inflamatórias podem contribuir para defesa do hospedeiro e alterações no microambiente durante a patogênese das pulpites dentárias. O presente estudo avaliou as características microscópicas e as densidades (por mm2) de mastócitos triptase+, linfócitos T helper CD4+, linfócitos T de memória CD45RO+, linfócitos T regulatórios foxp3+, linfócitos B CD20+, macrófagos CD68+ e vasos sanguíneos CD31+ em pulpites dentárias humanas (n = 38). Métodos: Expressões de triptase, CD4, CD45RO, foxp3, CD20, CD68 e CD31 foram analisadas por imunoistoquímica; outras características microscópicas, como a intensidade de infiltrado inflamatório e colagenização, foram avaliadas após a coloração com hematoxilina e eosina. Resultados: Dois padrões microscópicos distintos de pulpites dentárias foram observados: Grupo 1 (G1) (n=15) apresentou intenso infiltrado inflamatório e pouca colagenização; o Grupo 2 (G2) (n=23) apresentou escasso infiltrado inflamatório e intensa colagenização. Os números de células CD68+ e CD20+ bem como a densidade de vasos sanguíneos foram maiores no G1 comparadas ao G2. Entretanto, não houveram diferenças nas densidade celulares de CD4+ e CD45RO+ em ambos os grupos. Quando presentes, os mastócitos estiveram igualmente distribuídos em G1 e G2, enquanto as células foxp3+ foram detectadas em 58.82% e 14.28% de G1 e G2, respectivamente. Conclusões: Tipos diferentes de infiltração celular imune-inflamatória foram identificados em pulpites dentárias humanas, as quais podem refletir padrões microscópicos distintos de respostas com capacidade particular de defesa local.