Adaptação marginal de cimentos à base de silicato de cálcio à parede dentinária de cavidades retrógadas
Autor(es): Sara Rodrigues Renovato
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde.
RESUMO
Objetivo: Analisar a adaptação marginal de cimentos de silicato de cálcio em cavidade retrógada, por meio de MEV. Materiais e métodos: Foram utilizadas 50 raízes de incisivos bovinos, que foram instrumentadas com instrumento manual K-File até no 60 e obturadas com MTA Fillapex® e cones de gutta percha. Após a obturação, as raízes foram apicetomizadas a 3mm do ápice e as cavidades retrógadas foram preparadas com uso de ultrassom. As amostras foram divididas aleatoriamente em cinco grupos experimentais (n=10): 1. Cimento biocerâmico Mk Life; 2. Biodentine®; 3. Bio-C Repair®; 4.Endosequence® BC RRMTM; 5. MTA Angelus® (MTA) – controle positivo. Os materiais foram manipulados conforme especificações dos fabricantes e inseridos e adaptados na cavidade com ponta aplicadora, espátula e kit Bernabé. Utilizou-se o EDTA previamente à inserção do material retrobturador em metade das amostras de cada grupo (n=5). As amostras foram preparadas para MEV e foram obtidas fotomicrografias em aumentos de 40x, 150x e 500x. As imagens foram analisadas quanto a presença de fendas e classificada emscores: 0 – ausência de fendas; 1 – presença de fenda em 1 área; 2 –presença de fenda em 2 áreas; 3 – presença de fenda em 3 áreas; 4 –presença de fenda em 4 áreas. A análise da dimensão transversal da fenda foi realizada, por meio de mensurações (μm) com o uso do software Image J. As variáveis qualitativas foram avaliadas pelo Teste Exato de Fisher, e as variáveis quantitativas pelo Teste de Análise de Variância (ANOVA). O nível de significância foi de 0,05%. Resultados: Não observou-se presença de fendas no grupo MTA Angelus® (0%). Presença de fenda foi observada no Cimento biocerâmico MK Life (90%), Biodentine® (80%), Bio-C Repair® (100%) e Endosequence® BC RRMTM (80%). Diferença significativa foiobservada quando o MTA foi comparado ao Cimento biocerâmico MK Life, Biodentine® e Bio-C Repair® e Endosequence® BC RRMTM (p<0,05). Emrelação a dimensão transversal da fenda, não foram observadas diferenças significantes entre os grupos Cimento Biocerâmico MK Life, Biodentine®, Bio-C Repair® e Endosequence® BC RRMTM. O MTA não apresentou fendas,mostrando resultado significativamente superior aos grupos do Cimento Biocerâmico MK Life e Bio-C Repair® (p<0,05), porém, sem diferençasignificante com os grupos Biodentine®, Endosequence® BC RRMTM. O usodo EDTA não influenciou na adaptação marginal dos materiais (p>0,05).Conclusão: O MTA Angelus® apresentou melhor adaptação marginal quando comparado ao Cimento Biocerâmico MK Life, Biodentine®, BioC Repair® e Endosequence® BC RRMTM. Não observou-se presença de fendas marginais nas amostra do grupo MTA Angelus®.