Detecção da Reabsorção Radicular Apical após Tratamento Ortodôntico, em Longo Prazo, Utilizando Radiografia Periapical e Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico
Autor(es): Jairo Curado de Freitas
Palavras-chave: reabsorção radicular, tomografia computadorizada de feixe cônico, tratamento ortodôntico.
Trabalho apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás para obtenção do Título de Doutor em Ciências da Saúde.
RESUMO
Objetivo: detectar reabsorção radicular apical (RRA) após tratamento ortodôntico, em longo prazo, por meio de imagens de radiografia periapical (RP) e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Metodologia: as imagens radiográficas obtidas de dentes de 58 pacientes, antes (T1) e após o tratamento ortodôntico (T2) e decorridos no mínimo 52 meses deste (T3) foram analisadas por três membros do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial. As estruturas apicais foram avaliadas por meio de imagens de RP (T2 e T3), utilizando o sistema de escores de Levander e Malmgren2 modificado. A presença de RRA nas imagens tomográficas obtidas em T3 foi detectada por um especialista em radiologia com experiência em TCFC. Os dados foram estatisticamente analisados pelo teste Kolmogorov-Smirnov com nível de significância de 5%. O Teste de Kappa determinou o nível de concordância entre os observadores. Resultados: As RRAs mais frequentes foram as de escore 1 em T2 (51,6%) e T3 (53,1%), quando avaliadas por RPs (p>0,05). Quando comparadas as frequências de RRAs em T3, entre imagens de RP e de TCFC, a diferença foi estatisticamente significante para o grupo de prémolares da maxila e da mandíbula, e de molares mandibulares. Os dentes que apresentaram maior frequência de RRA analisados por meio de imagens de TCFC foram os incisivos laterais superiores (94,5%) e os centrais inferiores (87,7%), enquanto que os de menor frequência foram os pré-molares. As imagens de TCFC mostraram que os dentes envolvidos em tratamentos Resumo x ortodônticos com extrações apresentaram maior frequência de RRA (p<0,05). Conclusão: As imagens de RP sugerem maior frequência de RRAs do que as imagens de TCFC para os grupos de pré-molares e molares, não evidenciando alteração em longo prazo. O método de imagem por TCFC é uma ferramenta promissora ao diagnóstico de reabsorção radicular apical.