Efeito Antibacteriano de Extrato de Própolis Vermelha e Verde em Canais Radiculares Infectados por Enterococcus faecalis
Author(s): Mônica Misaé Endo
Key words: Irrigantes, hipoclorito de sódio, própolis, Enterococcus faecalis, endodontia.
Dissertação Apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás, para obtenção do Título de Mestre em Odontologia, área de concentração Clínica Odontológica.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi verificar o efeito antibacteriano dos extratos alcoólicos de própolis vermelha a 30%, própolis verde a 40% e hipoclorito de sódio a 2,5% com diferentes protocolos de irrigação em canais radiculares infectados por Enterococcus faecalis. Vinte e quatro dentes unirradiculares extraídos foram selecionados, os canais radiculares preparados e inoculados com E. faecalis durante 60 dias. Os dentes foram aleatoriamente distribuídos em 8 grupos experimentais (n=3) e 2 grupos controles (n=3). Em todos os grupos experimentais foi realizado preparo do canal radicular e dois protocolos de irrigação – irrigação ultrassônica passiva e irrigação convencional. Nos grupos 1, 3, 5 e 7 foi feito o preparo do canal radicular associado à irrigação convencional com própolis vermelha a 30%, própolis verde a 40%, hipoclorito de sódio a 2,5% e água destilada, respectivamente. Nos grupos 2, 4, 6 e 8 foi realizado o preparo do canal radicular associado a irrigação ultrassônica passiva e irrigados com as mesmas soluções descritas anteriormente. Os grupos 9 e 10 constituíram os controles – negativo (canais radiculares não contaminados) e positivo (canais radiculares contaminados sem tratamento). Amostras dos canais radiculares foram coletadas e imersas em 7 mL de BHI por um período de 48 horas, com incubação a 37oC. O crescimento bacteriano foi analisado pela turbidez do meio de cultura. Os resultados mostraram efetividade antibacteriana do extrato alcoólico de própolis vermelha a 30% e hipoclorito de sódio a 2,5%, quando utilizada irrigação convencional e irrigação passiva, somente após 20 minutos. Os protocolos de irrigação e as substâncias testadas não foram efetivos para eliminar a contaminação dentinária bacteriana com E. faecalis.