Análise Epidemiológica dos Traumatismos Dentários em Dentição Permanente em Goiânia
Autor(es): Orlando Aguirre Guedes
Palabras clave: Traumatismo dentário, epidemiologia oral, prevenção.
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, Área de Concentração em Reabilitação Oral.
RESUMO
Avaliou-se os aspectos epidemiológicos das injúrias traumáticas na dentição permanente em uma amostra de 847 pacientes atendidos pelo Serviço de Urgência da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás, entre os anos de 2000 e 2008. O tratamento estatístico analisou os dados frente a distribuição de freqüência, Qui-quadrado e regressão logística múltipla. O nível de significância foi de p<0,05. Os resultados mostraram uma maior ocorrência entre os indivíduos do gênero masculino (72,01%), na faixa etária 6-10 anos. A fratura coronária sem exposição do tecido pulpar (502; 26,95%), avulsão (341; 18,30%) e fratura coronária com exposição pulpar (330; 17,71%) constituíram nas injúrias traumáticas mais prevalentes. A prevalência das injúrias traumáticas ao longo dos meses do ano mostrou-se proporcional, sendo observado um maior número de casos entre os meses de julho a setembro (249; 29,39%). O dente mais comumente afetado foi o incisivo central (65,65%), seguido pelo incisivo lateral (19,67%). Em 311 participantes (18,25%) apenas um dente estava envolvido, enquanto que a maioria dos pacientes (536; 81,75%), injúrias dentárias ocorreram em mais de um dente. Significativa proporção (82,27%) dos dentes traumatizados apresentava os ápices radiculares completamente formados. Os principais fatores etiológicos envolvidos nos traumatismos dentários foram as quedas (51,71%), acidentes automobilísticos (22,90%), e violência (5,67%). Políticas de promoção em saúde devem ser institucionalizadas, capaz de estimular a criação de ambientes seguros e divulgar protocolos de adequado manejo dos traumatismos dentários.Orlando Aguirre Guedes