Avaliação em Estudos Longitudinais da Eficácia do Hipoclorito de sódio e da Clorexidina sobre o Enterococcus faecalis presente em Infecções Endodônticas – Revisão Sistemática
Autor(es): Julio Almeida Silva
Palavras-chave: E. faecalis, hipoclorito de sódio, clorexidina, solução irrigadora, infecção endodôntica, revisão sistemática.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do título de Mestre em Odontologia, Área de Concentração em Reabilitação Oral.
RESUMO
Avaliou-se em estudos longitudinais a eficácia do hipoclorito de sódio e da clorexidina sobre o Enterococcus faecalis presente em infecções endodônticas, através de revisão sistemática. Fontes de catalogação bibliográfica identificadas eletronicamente por MEDLINE (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed), a partir de 1966 até 01 de janeiro de 2007 e Cochrane Library no mesmo período. Na estratégia de busca empregou-se a combinação dos unitermos – faecalis and sodium hypochlorite ou faecalis and chlorhexidine ou faecalis and root canal infections ou faecalis and endodontics infections ou faecalis and root canal irrigants ou faecalis and irrigant solution ou faecalis and endodontics irrigants ou faecalis and intracanal irrigant. Os estudos foram selecionados por dois revisores, independentes, que, determinaram os critérios de inclusão e exclusão. A busca apresentou 229 artigos relacionados, sendo que destes 6 artigos eram de revisão de literatura, 39 artigos relacionavam-se com estudos in vivo (humanos ou animais), e 189 incluíam estudos in vitro. Dos 39 estudos in vivo 5 estudos satisfizeram os critérios de inclusão. A estruturação metodológica dos estudos incluídos inviabilizou a combinação de resultados. A eficácia do hipoclorito de sódio e da clorexidina sobre o E. faecalis foi demonstrada in vitro por teste de contato direto. Nos estudos envolvendo dentina contaminada, tanto o hipoclorito de sódio quanto a clorexidina mostram-se ineficazes. Nos 5 estudos icluídos, do total de 159 dentes com infecções endodônticas primárias ou secundárias, detectou-se o E. faecalis no início do tratamento em 16 dentes por PCR e 42 por cultura; e após o processo de sanificação em 11 por PCR e 12 por cultura. Observou-se ausência de estudos longitudinais em humanos da eficácia da clorexidina sobre o E. faecalis. O processo de sanificação coadjuvado pelo esvaziamento, alargamento e ação do hipoclorito de sódio reduz a microbiota endodôntica remanescente, o que certamente potencializa a ação da medicação intracanal e favorece um maior nível de sucesso do tratamento endodôntico.