Objetivos: avaliar a resistência de união (RU) entre uma cerâmica vítrea reforçada por leucita e a dentina com a utilização de cimentos resinosos convencional e autoadesivo, com e sem aquecimento, por meio do teste de microtração (μTBS) e verificar o padrão de fratura. Material e métodos: vinte e quatro (24) terceiros molares humanos extraídos foram seccionados para remoção da porção radicular e do esmalte oclusal e aleatoriamente divididos em quatro (4) grupos. Vinte e quatro discos de cerâmica vítrea reforçada por leucita (IPS Empress Esthetic, Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) foram obtidos e cimentados aos dentes seccionados, de acordo com as especificações do fabricante, obtendo-se quatro (4) grupos: GI – RelyX ARC (3M ESPE) + Scotchbond Multi-Purpose Plus (3M ESPE); GII – RelyX ARC preaquecido 60°C + Scotchbond Multi-Purpose Plus; GIII –RelyX U200 (3M ESPE); GIV – RelyX U200 preaquecido 60°C. As amostras foram cortadas para obtenção de espécimes de 1,0 mm2, armazenadas por 24 h em água destilada a 25±2°C e submetidas ao teste de microtração em máquina de ensaio universal. Cada parte do espécime foi analisada em microscópio estereoscópico (45X) para visualização e classificação do padrão de fratura. Foram realizadas fotomicrografias em microscopia eletrônica de varredura de um par representativo de cada tipo de fratura. Os dados obtidos foram analisados estatísticamente por Análise de Variância (ANOVA) e teste de Tukey (α=0,05). Resultados: houve diferença estatisticamente significante entre a RU dos cimentos RelyX ARC e U200 (p<0,05), com e sem aquecimento. Não houve diferença significante entre a RU dos grupos GI (12,98 MPa) e GII (12,87 MPa) e entre GIII (6,81MPa) e GIV (8,58 MPa) (p>0,05). A falha adesiva foi o tipo de falha mais observado em todos os grupos, seguida pela falha mista e coesiva em cerâmica; nenhum grupo apresentou falhas coesivas em dentina. Conclusão: o preaquecimento dos cimentos resinosos a 60oC não influenciou significantemente na RU entre a dentina e a cerâmica para ambos os cimentos, sendo a RU do cimento resinoso convencional superior à RU do autoadesivo. O padrão de fratura mais observado foi a falha adesiva.